ANAIS :: ENAMA 2014
Resumo: 17-2


Poster (Painel)
17-2ISOLAMENTO DE LEVEDURAS COM POTENCIAL BIOTECNOLÓGICO DE VEGETAÇÃO SOBRE AFLORAMENTO ROCHOSO DO RECÔNCAVO BAIANO
Autores:Freitas, T.S. (UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia) ; Cazetta, M.L. (UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia)

Resumo

As leveduras são fontes importantes de enzimas de interesse industrial devido à sua diversidade metabólica, capacidade de produção em curto período de tempo e uso de matérias-primas de baixo custo. Assim, o objetivo deste trabalho foi verificar o perfil enzimático, bem como a osmotolerância e tolerância ao etanol das leveduras isoladas da vegetação de afloramentos rochosos das Serras da Penha e Pioneira localizadas no Recôncavo Baiano. Para os testes enzimáticos, as leveduras foram inoculadas em placas de Petri com meio YP acrescido de 1% de amido, carboximetilcelulose e leite em pó desnatado, com a finalidade de verificar a produção das enzimas amilase, celulase e protease, respectivamente. A capacidade de produção das enzimas pelos microrganismos foi observada por meio da formação do halo de hidrólise em torno das colônias, visualizados com adição de corantes específicos. Para analisar a osmotolerânica das leveduras, estas foram inoculadas em placas de Petri contendo meios com Glicose 50% e NaCl 10% + Glicose 5%. Para verificar o efeito da tolerância ao etanol, as cepas foram inoculadas em meio específico e, posteriormente, foram adicionadas 3 gotas de etanol absoluto na tampa da placa. As cepas foram incubadas a 25ºC-27ºC e o crescimento foi acompanhado durante 20 dias realizando-se leitura a cada 5 dias. O crescimento foi classificado como negativo (-), fraco (F), positivo fraco (+ F) ou positivo (+) em comparação com os controles positivo (YNB 0,67%, glicose 0,5% e Ágar 2%) e negativo (YNB 0,67% e Ágar 2%). Com relação ao potencial enzimático nenhuma levedura apresentou capacidade de degradação da celulose nos locais de estudo. Na Serra da Penha foram obtidas 27% e 17% de cepas produtoras das enzimas protease e amilase, respectivamente, enquanto na Serra Pioneira 31% dos isolados produziram protease e amilase. Com relação à osmotolerância e tolerância ao etanol, dos isolados da Serra da Penha, o crescimento positivo foi observado em 35% das cepas para o teste em Glicose 50%, 41% em meio com NaCl 10% e 23% em meio contendo etanol; já na Serra da Pioneira o crescimento positivo foi de 71% em Glicose 50%, 15% em NaCl 10% e 77% em etanol. Os resultados encontrados demonstram que estes isolados apresentam bom potencial para aplicação em diversos setores industriais.


Palavras-chave:  afloramento rochoso, enzimas microbianas, estresse osmótico, potencial biotecnológico